Por João Bugalhão
É sabido por
todo o distrito e região, que o presidente da Câmara de Marvão gosta um bocado
de se armar e engrandecer, chamando a si, na primeira pessoa, os louros sobre o
que de positivo se passa no concelho. No entanto, sempre que algo corre menos
bem ou existem erros na sua governação, um dos seus apanágios, é
responsabilizar sempre os outros, nem que sejam os mais próximos colaboradores,
ou fazer-se de vítima e, dizer que foi enganado. Nada de menos bom do que se
passa em Marvão tem a sua responsabilidade. Senão vejamos apenas 2 dos exemplos
mais gritantes:
1 - Quando em 2013
surgiu a investigação do Ministério Público (MP) e Judiciária ao processo de concessão do Bar do Centro de Lazer da
Portagem a uma firma de um seu vereador, imediatamente, em vez de assumir
responsabilidades próprias, porque ele também sabia (ou deveria saber a lei das
incompatibilidades) que a «Firma Sabores do Norte Alentejano» era do Vereador
(porque ele lhe comunicou por escrito, assim como a todos os autarcas da altura
e, porque é obrigatório por Lei), rapidamente quis sacudir a água do capote e
responsabilizar apenas o referido vereador, queimando assim, mais um dos seus.
No entanto, ao que parece, agora que o processo foi mandado arquivar, por o MP ter achado que não foi lesada a coisa pública, (sem o isentar da ilegalidade cometida), e como já tinha feito constar publicamente a responsabilidade do vereador, com quem está em conflito e quer apear do próximo acto eleitoral; fechou a decisão na “gaveta”, e não a quis divulgar publicamente. Tendo que ser José Manuel Pires, na última Assembleia, por iniciativa própria, a fazê-lo;
No entanto, ao que parece, agora que o processo foi mandado arquivar, por o MP ter achado que não foi lesada a coisa pública, (sem o isentar da ilegalidade cometida), e como já tinha feito constar publicamente a responsabilidade do vereador, com quem está em conflito e quer apear do próximo acto eleitoral; fechou a decisão na “gaveta”, e não a quis divulgar publicamente. Tendo que ser José Manuel Pires, na última Assembleia, por iniciativa própria, a fazê-lo;
2 – Há pouco
tempo, Novembro de 2015, em mais uma trapalhada de adjudicação de Ajustes
Directos, em que a Câmara de Marvão é a campeã distrital, no que diz respeito à prestação de serviços para manutenção
da Rede de TV na vila de Marvão, e em que teve o desplante de levar uma
proposta à Câmara de consulta de 3 Firmas com o mesmo dono, quando confrontado
por Nuno Pires sobre todos os factos; não hesitou, imediatamente, em
responsabilizar a Secção de Obras, e nomeadamente, o Engº Nuno Lopes, pelo
sucedido (pelo menos foi o que disse em Reunião de Câmara). Naturalmente também
foi esse funcionário o responsável pela entrega (mais uma vez por Ajuste
Directo sem consulta a mais ninguém), do processo de medição dos terrenos da
Celtex, ao seu próprio pai por 8 mil euros!
Com exemplos
destes não admira, como se mostra em baixo, que no Ranking agora divulgado sobre
o Índice de Transparência Municipal, Marvão ocupe em 2015 um honroso 184º lugar
(em 305 municípios), e em 2014 ainda pior, apenas o lugar 280º. A nível
distrital no universo das 15 Câmaras do distrito, Marvão em 2014 era o 13º, e
em 2015 o 10º. Isto num município que mais parece uma empresa familiar, mais fácil de dirigir que saltar à corda. Um quintal com
menos de 3 500 habitantes, e cerca 100 funcionários municipais. Mas com uma governação composta por 3
vereadores a tempo inteiro e um assessor-chefe (ou será encarregado de obras).
De quem será a
culpa desta situação Sr. Presidente?
Quadro
1 – Ranking nacional e distrital do Índice da Transparecia Municipal em
2015 e 2014
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