sábado, 1 de dezembro de 2018

Algumas razões para o MpT não ter aprovado o Orçamento Municipal de Marvão 2019 (1)


 No Orçamento de 2018 o MpT votou contra, por duas razões fundamentais:

1 – A indefinição de uma clara estratégia social e política para o concelho, baseando o executivo a sua ação num modelo de gestão corrente;

2 – A forma incorreta como fomos ouvidos pelo executivo (tarde e apenas para cumprimento da formalidade da lei), e a não aceitação da larga maioria das nossas 15 propostas que apresentámos na altura.

Em relação ao orçamento para 2019, apenas a premissa de sermos ouvidos atempadamente foi cumprida. Quanto ao resto..., praticamente, tudo na mesma. Assim, só nos restou uma alternativa: a não aprovação dos documentos, tal como nos foram apresentados.

Ao contrário de outras forças políticas, o MpT não mudou o seu sentido de voto para 2019. E não o mudaremos enquanto não estiverem garantidas algumas propostas sustentáveis que consideramos fundamentais para melhorar a vida e o bem-estar dos marvanenses, bem como o cumprimento das recomendações da Assembleia Municipal sobre a Contratação por Ajustes Diretos.

Daremos aqui alguns exemplos de questões que consideramos importantes para mudarmos o nosso sentido de voto.

1º - Começamos com a política de Apoios Sociais.

Até à presente data,  do ano de 2018, o apoio financeiro às Instituições do Concelho foi nulo, pondo em risco seu funcionamento e em rotura completa com o que vinha do passado. apesar de insistentemente em reuniões de Câmara termos chamado a atenção para esta injustiça.  

Como se pode ver no Quadro 1, em baixo, passou-se dum total de subsídios atribuídos de 113 800,00 Euros, em 2017, para um apoio de 0 (zero) euros em 2018 . Sendo que a média de apoios financeiros anual nos últimos 6 anos rondou os 67 300,00 Euros.



A explicação do executivo para este comportamento é de que se aguarda a aprovação, de um novo Código Regulamentar de Apoio ao Associativismo, da responsabilidade da câmara municipal. O entendimento do MpT é de que, para não prejudicar as Instituições, enquanto não existir o novo deve ser utilizado o actual e, insistentemente, em reuniões de Câmara temos chamado a atenção para esta injustiça.

As Instituições de Apoio Social desempenham um papel fundamental no nosso concelho, quer social no apoio aos mais velhos, quer na economia pelas pessoas que empregam: Prestam apoio a grande parte dos munícipes idosos, possivelmente a cerca de 300 pessoas (10% dos habitantes do concelho de Marvão), muitos deles institucionalizados; e são as grandes entidades empregadora do concelho. Prestam um exemplar serviço público, pelo que, devem merecer o apoio da autarquia.

O MpT, tem como estratégia uma política centrada nas pessoas, pelo que não pode concordar com este procedimento de se passar do oitenta para o oito (neste caso zero). Nesta área, a nossa principal proposta foi a de que a autarquia contratasse (através de avença) alguns técnicos onde as instituições sejam carentes e partilhar esses recursos com as mesmas. E ainda, a atribuição de algum apoio financeiro para fazer face a necessidades urgentes, de acordo com os serviços disponibilizados e prestados por cada Instituição e com as possibilidades orçamentais da autarquia,

Apesar de termos chamado a atenção para esta lacuna durante todo ano de 2018, não detetámos no Orçamento para 2019 qualquer mudança nesta situação.


                                                                            A Coordenação do MpT

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