Por João Bugalhão
Desde que
Portugal aderiu à CEE/Comunidade Europeia/União Europeia em 1986 que muito se fala do benefício dos Fundos
Comunitários (FC). No entanto, raramente os vemos quantificados e, muito menos,
analisado o impacto que têm quer no país em geral, quer em qualquer comunidade
em particular. Assim, este artigo tem a finalidade de informar todos os marvanenses
dos valores desses fundos que o município usufruiu, ao longo dos últimos 16
anos (2001 – 2016). Ficando o seu impacto, na obra feita, ao critério de cada
um.
Claro que este
trabalho deveria ser feito pelos executivos (há cerca de um ano que o andava a
pedir em reuniões de câmara, e me andava a ser prometido), mas como nunca
chegou, resolvi meter mãos à obra e, depois de me ter sido dito também em
reunião de câmara de 2/1/2017 que os valores estavam correctos, aqui deixo para
quem tenha interesse neste assunto, sobretudo para aqueles que agora se
apresentam como candidatos a esse órgão municipal. Pois apesar das regras do
seu acesso estarem sempre a mudar, penso que será de alguma importância para
possíveis planeamentos.
Fonte: Relatórios de contas do município de Marvão
Como se pode ver
nos quadros e gráficos da figura supra, entre 2001 e 2016 entraram nos cofres
do município cerca de 12 milhões de euros de Fundos Comunitários (11. 815.063).
Apesar das mudanças de regras em cada Quadro Comunitário, a média foi de 739
mil euros por ano. Num município que tem uma média de 5 milhões de euros de
receitas, os FC têm representado, em média, cerca de 15% das receitas
municipais.
A maior receita
de FC foi atingida em 2011 com uma verba de 2,3 milhões de euros; seguido do
ano de 2008 com uma verba de 1,2 milhões de euros (relembro que foi neste ano
que se receberam as verbas das obras das infra-estruturas feitas na vila de
Marvão).
No pólo oposto
está o ano de 2015 em que apenas se receberam cerca de 145 mil euros.
Esta situação
parece ser tanto mais preocupante por quanto, nos últimos 4 anos de mandato do
actual executivo (2013 – 2016), apenas se receberam cerca de 1,2 milhões de
euros, o que certamente não terá representado mais do que 6% das receitas
totais desses 4 anos, isto é, menos de metade que a média dos 16 anos em
análise.
Explicações?
Terá a palavra o executivo de Vítor Frutuoso
Nota complementar: Algumas das obras
financiadas ao longo deste período de 16 anos:
- Remodelação da
Câmara Velha (Projecto do executivo de Manuel Bugalho);
-
Infra-estruturas da vila de Marvão (Projecto do executivo de Manuel Bugalho);
- Construção da
Piscina de SA das Areias (Projecto do executivo de Manuel Bugalho);
- Diversas Obras do Castelo de Marvão (Projectos dos executivos de Manuel Bugalho e de V. Frutuoso);
- Obras do Campo
de Futebol de SA das Areias (Projecto do executivo de V. Frutuoso);
- Arranjos paisagísticos da Piscina da Portagem (Projecto do executivo de V. Frutuoso);
- Aquisição e
remodelação do Pavilhão multiusos de SA das Areias (Projecto do executivo de V.
Frutuoso);
- Construção do
Ninho de Empresas de SA das Areias (Projecto do executivo de V. Frutuoso);
- Construção da
zona industrial de SA das Areias (Projecto do executivo de V. Frutuoso);
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