segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Incapacidade de Gestão no município de Marvão (2)

33ª Feira da Castanha/Festa do Castanheiro


Com a experiência de 33 edições da Feira da Castanha, o certame quase que se organiza a si mesmo. Em nossa opinião, o sucesso do maior evento do concelho deve-se sobretudo ao empenho dos técnicos e funcionários municipais (que quase já a fazem de olhos fechados) e não às fracas ações de planeamento do executivo. Contudo, sem planeamento, não há inovação.

Pensamos que todos concordaremos que a Feira da Castanha só se realiza em Marvão por este concelho ser um grande produtor deste fruto. Senão, poderíamos organizar a feira da sardinha, do marisco ou dos galos de Barcelos! Logo, a Feira só faz sentido se for para promover e valorizar a nossa produção de castanha. E, claro, através dela, tudo o resto que possamos promover.

Se alguma coisa se exige ao promotor deste evento, a C.M. de Marvão, é que a castanha consumida nos magustos durante a Feira seja a NOSSA: a castanha de Marvão. Assim, e apesar dos constrangimentos que este ano existiram na produção da castanha, exige-se que tudo façam, através de uma preparação atempada (com o envolvimento dos produtores locais), para que esta premissa seja garantida.

Contudo, este ano, grande parte da castanha adquirida pela autarquia veio de fora do concelho! Isto porque o executivo, que sabia há muito que a Feira se realizava nessa data, organiza tudo à última da hora e só com uma semana de antecedência começou a programar a aquisição da castanha para a Feira.

Analisemos o Edital da autarquia:

1 – Apenas no dia 2 de Novembro, uma semana antes do evento, é que o executivo publicou os critérios de aquisição para os produtores do concelho.
Isto é aceitável numa “organização” altamente profissionalizada?

2 – Depois, analisando os critérios:
- Propostas de preço de venda em “carta fechada” para os produtores locais. 
Questionamos: Onde a foram adquirir também se aplicou o mesmo critério?

- Propostas entregues até 3 dias antes da feira (9 de Novembro).
Então, mas não sabiam, há mais de um ano, que a feira se realizaria a 11 e 12 de Novembro de 2016? Porquê prazos tão curtos? Com prazos tão apertados, quantos produtores terão tido acesso ao edital?

Diz ainda o executivo nesse Edital: - Consideram-se produtores de castanha, aqueles que são proprietários ou rendeiros de soutos no concelho de Marvão, em caso de dúvida, o Município poderá solicitar esclarecimentos.
Que aconteceu? Foi-se comprar fora do concelho!

- Falta ainda saber:
            - Que quantidade de castanha foi adquirida pelo município fora do concelho?    
            - Qual o preço pago pelas castanhas que vieram de fora?
            - Qual o critério da aquisição nesse local?

Julgamos que os marvanenses, em geral, e os produtores de castanha, em particular, têm o direito de ver esclarecidas estas questões!

A Coordenação do MpT

3 comentários:

  1. Soma e segue!...
    Mas as verdades têm que se dizer.
    Não é criticar só por criticar, (e falo por mim) pois eu, como foi sempre meu lema ao longo de algumas décadas, em que escrevia no Jornal Diário de Lisboa, na minha coluna «O Canal da "CRÍTICA", (crítica entre """) entendia, e sempre substituia a palavra crítica por «OBSERVAR», e isto, porque encontro que só unidos poderíamos alterar o curso das coisas, ou melhor dizendo: ALERTANDO sempre, mas (sem medo), para que estas coisas não possam acontecer e se repitam, procurando, outro sim, (fazer sempre melhor e melhor).
    Por mim, lamento que tal tivesse acontecido, pois encontro que tem de se promover aquilo que temos; e castanha, pelo menos que eu saiba (ou julgo saber) temos em abundância, e devia- se, atempadamente, fazer a sua aquisição, dando sempre a preferência aos nossos produtores. Vá lá!...

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    1. Em primeiro lugar muito obrigado pelo comentário, Sr. Manuel Dias, este espaço também pretende ser um elo de ligação com todos os marvanenses, assim como debater algumas ideias.

      Criticar/escrutinar quem governa, deveria revestir-se sempre de uma ajuda para a existência de uma melhor governação.

      Uma melhor governação neste evento envolveria, necessariamente, uma melhor gestão do certame. Isto é, a gestão da organização do maior evento turístico que se realiza no concelho de Marvão. Um concelho turístico!

      Das várias vertentes da gestão, o que falhou, como falha normalmente neste executivo, foi claramente o planeamento.

      Um planeamento atempado (de meses e não de dias!), deveria envolver os produtores de castanha desde a primeira hora. Se assim fosse, a Feira realizar-se-ia, de certeza, com castanha de Marvão. O que, no nosso entender é essencial! Nem faz sentido que seja de outra forma.

      Além da execução, sabemos que muitas vertentes do planeamento desta Feira, que até correm bem, são asseguradas pelos técnicos e outros funcionários camarários e não pelo executivo, como seria mais natural…

      Acontece ainda que, uma boa gestão (planeamento, organização, implementação, acompanhamento, avaliação, etc.) requer a existência de uma EQUIPA dedicada, envolvida, unida e com competências complementares, a qual, na nossa opinião, não existe atualmente no executivo marvanense. Por isso acontecem, recorrentemente, episódios destes. Este tem mais relevância porque se trata do maior evento realizado em Marvão.

      Na campanha eleitoral que se avizinha, as várias candidaturas apresentarão muitas ideias e propostas válidas e o MpT não será exceção. No entanto, como dizemos desde a nossa apresentação, independentemente das ideias e estratégias, o que Marvão está altamente necessitado, como se verificou nesta situação, é de uma Equipa de Gestão com aquelas características. E justa…, trabalhando com todos e para todos…

      Cumprimentos do MpT

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  2. Tomá lá... Um puxão de orelhas que de vez em quando faz falta. É por isso que eu defendo aquelas Pessoas que ninguém Vê, que no final fazem toda a diferença, as dos detalhes...

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