Com a
experiência de 33 edições da Feira da Castanha, o certame quase que se organiza
a si mesmo. Em nossa opinião, o sucesso do maior evento do concelho deve-se
sobretudo ao empenho dos técnicos e funcionários municipais (que quase já a
fazem de olhos fechados) e não às fracas ações de planeamento do executivo.
Contudo, sem planeamento, não há inovação.
Pensamos que
todos concordaremos que a Feira da Castanha só se realiza em Marvão por este
concelho ser um grande produtor deste fruto. Senão, poderíamos organizar a
feira da sardinha, do marisco ou dos galos de Barcelos! Logo, a Feira só faz
sentido se for para promover e valorizar a nossa produção de castanha. E,
claro, através dela, tudo o resto que possamos promover.
Se alguma coisa
se exige ao promotor deste evento, a
C.M. de Marvão, é que a castanha consumida nos magustos durante a Feira
seja a NOSSA: a castanha de Marvão. Assim, e apesar dos constrangimentos que este
ano existiram na produção da castanha, exige-se que tudo façam, através de uma
preparação atempada (com o envolvimento dos produtores locais), para que esta
premissa seja garantida.
Contudo, este
ano, grande parte da castanha adquirida pela autarquia veio de fora do
concelho! Isto porque o executivo, que sabia há muito que a Feira se realizava
nessa data, organiza tudo à última da hora e só com uma semana de antecedência
começou a programar a aquisição da castanha para a Feira.
Analisemos o Edital da autarquia:
1 – Apenas no
dia 2 de Novembro, uma semana antes
do evento, é que o executivo publicou os critérios de aquisição para os produtores
do concelho.
Isto é aceitável numa “organização”
altamente profissionalizada?
2 – Depois,
analisando os critérios:
- Propostas de
preço de venda em “carta fechada” para os produtores locais.
Questionamos: Onde a foram adquirir também se aplicou o mesmo critério?
Questionamos: Onde a foram adquirir também se aplicou o mesmo critério?
- Propostas
entregues até 3 dias antes da feira (9 de Novembro).
Então, mas não sabiam, há mais de um ano,
que a feira se realizaria a 11 e 12 de Novembro de 2016? Porquê prazos tão
curtos? Com prazos tão apertados, quantos produtores terão tido acesso ao
edital?
Diz ainda o
executivo nesse Edital: - Consideram-se
produtores de castanha, aqueles que são proprietários ou rendeiros de soutos no
concelho de Marvão, em caso de dúvida, o Município poderá solicitar
esclarecimentos.
Que aconteceu? Foi-se comprar fora do
concelho!
- Falta ainda
saber:
- Que quantidade de castanha foi
adquirida pelo município fora do concelho?
- Qual o preço pago pelas castanhas
que vieram de fora?
- Qual o critério da aquisição nesse
local?
Julgamos que os
marvanenses, em geral, e os produtores de castanha, em particular, têm o direito
de ver esclarecidas estas questões!
A Coordenação do
MpT
Soma e segue!...
ResponderEliminarMas as verdades têm que se dizer.
Não é criticar só por criticar, (e falo por mim) pois eu, como foi sempre meu lema ao longo de algumas décadas, em que escrevia no Jornal Diário de Lisboa, na minha coluna «O Canal da "CRÍTICA", (crítica entre """) entendia, e sempre substituia a palavra crítica por «OBSERVAR», e isto, porque encontro que só unidos poderíamos alterar o curso das coisas, ou melhor dizendo: ALERTANDO sempre, mas (sem medo), para que estas coisas não possam acontecer e se repitam, procurando, outro sim, (fazer sempre melhor e melhor).
Por mim, lamento que tal tivesse acontecido, pois encontro que tem de se promover aquilo que temos; e castanha, pelo menos que eu saiba (ou julgo saber) temos em abundância, e devia- se, atempadamente, fazer a sua aquisição, dando sempre a preferência aos nossos produtores. Vá lá!...
Em primeiro lugar muito obrigado pelo comentário, Sr. Manuel Dias, este espaço também pretende ser um elo de ligação com todos os marvanenses, assim como debater algumas ideias.
EliminarCriticar/escrutinar quem governa, deveria revestir-se sempre de uma ajuda para a existência de uma melhor governação.
Uma melhor governação neste evento envolveria, necessariamente, uma melhor gestão do certame. Isto é, a gestão da organização do maior evento turístico que se realiza no concelho de Marvão. Um concelho turístico!
Das várias vertentes da gestão, o que falhou, como falha normalmente neste executivo, foi claramente o planeamento.
Um planeamento atempado (de meses e não de dias!), deveria envolver os produtores de castanha desde a primeira hora. Se assim fosse, a Feira realizar-se-ia, de certeza, com castanha de Marvão. O que, no nosso entender é essencial! Nem faz sentido que seja de outra forma.
Além da execução, sabemos que muitas vertentes do planeamento desta Feira, que até correm bem, são asseguradas pelos técnicos e outros funcionários camarários e não pelo executivo, como seria mais natural…
Acontece ainda que, uma boa gestão (planeamento, organização, implementação, acompanhamento, avaliação, etc.) requer a existência de uma EQUIPA dedicada, envolvida, unida e com competências complementares, a qual, na nossa opinião, não existe atualmente no executivo marvanense. Por isso acontecem, recorrentemente, episódios destes. Este tem mais relevância porque se trata do maior evento realizado em Marvão.
Na campanha eleitoral que se avizinha, as várias candidaturas apresentarão muitas ideias e propostas válidas e o MpT não será exceção. No entanto, como dizemos desde a nossa apresentação, independentemente das ideias e estratégias, o que Marvão está altamente necessitado, como se verificou nesta situação, é de uma Equipa de Gestão com aquelas características. E justa…, trabalhando com todos e para todos…
Cumprimentos do MpT
Tomá lá... Um puxão de orelhas que de vez em quando faz falta. É por isso que eu defendo aquelas Pessoas que ninguém Vê, que no final fazem toda a diferença, as dos detalhes...
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