"Deseja-se uma nova forma de governar Marvão. Com transparência; com justiça; com trabalho em equipa; com capacidade de gestão; com projetos; para todos; sem favores; sem manipulações; sem perseguições; sem medos!"
Após vários meses de preparação, em Outubro último o movimento independente “Marvão para Todos” apresentou-se publicamente.
Um grupo de apaixonados por Marvão, descontentes
com a forma como este concelho tem sido conduzido, resolveu avançar. Avançar,
de uma forma inovadora, para uma missão bem concreta: trabalhar na construção
de uma equipa, dedicada, coesa, competente e justa que se disponibilize a gerir
os destinos deste extraordinário território, caso assim os marvanenses o desejem.
Uma equipa disposta a gerir. E a servir. Empenhada
em colocar o interesse coletivo à frente de interesses particulares!
E fazer essa construção, com tempo, em conjunto com
todos aqueles que se revissem nestas ideias e nestes ideais. Fazer essa
construção, desmistificando a política. Aglomerando. Unindo as pessoas, independentemente
das suas diferentes ideologias, pois pode (deve) existir política para além dos
partidos. Sobretudo ao nível local.
Esta, continua a ser a grande motivação: ver “gestão”
no nosso concelho. Mas, agora, não é a única…
Após a apresentação em Marvão seguiram-se outras sessões
de interação com os munícipes nas freguesias de S. Salvador da Aramenha, Beirã
e Santo António das Areias. No total, falámos individualmente com mais de 500
pessoas e estiveram presentes nas diversas sessões perto de 200.
Nestas interações, quer pessoais quer em “sessão”,
fomos surpreendidos! A pressão, o condicionamento, a perseguição, o medo, a
utilização e a manipulação de pessoas pelo poder instalado é por aqui muito maior
do que alguma vez imaginámos!
"- Até gostava de vos ouvir, até simpatizo com o Movimento,
mas… percebem… sou empregado da câmara; tenho negócios; tenho um familiar que…;
etc; etc…"
"- A partir do momento que perceberam que não era
apoiante incondicional deles só me têm levantado dificuldades…"
"- Fui apoiado, pelo que agora, face às pressões,
tenho que parecer obediente…"
Estas, são alguns exemplos de frases que fomos
ouvindo. Muitas ditas em público, nas várias sessões.
Em todas as comunidades locais o poder instalado
tem tendência para fazer alguma pressão sobre a população e cobrar apoios… mas
em Marvão, concluímos, esta situação atingiu um nível insustentável para o
tempo presente, pelo que quisemos assinalar o 25 de Abril com a seguinte frase:
- Um concelho com medo não se desenvolve!
E encontrámos uma nova motivação para esta nossa
caminhada:
- Abolir o medo do concelho de Marvão.
Pois, “queremos um Marvão para todos!”
Um executivo camarário, como os gestores noutras
áreas, tem que, constantemente, tomar decisões, optando face a vários cenários
alternativos. Faz política. Ao longo do tempo, este executivo tem tomado algumas
opções com as quais não concordamos e outras com que concordamos. É normal. É
política.
Mas, perante o que temos presenciado, conclui-se
que este concelho precisa urgentemente de pessoas que estejam na política de
forma diferente. De lideranças que:
- Sejam justas;
- Aceitem as críticas, melhorando a sua governação
através delas;
- Não transmitam às pessoas e instituições que
quando, no âmbito das suas funções, os apoiam isso se trata de favores
pessoais;
- Tenham respeito pelas pessoas que, por alguma
razão, necessitem de ajuda… não as manietando e manipulando quando, agindo no
normal desempenho das suas funções, desenvolvem políticas que as apoiam;
- Não manipulem as associações e outras
instituições do concelho, como por exemplo as instituições de ação social (que
fazem um trabalho muito meritório), com o intuito de obter vantagens políticas,
mantendo-as, digamos, ao seu serviço… mas que se envolvam apenas no apoio e
coordenação das mesmas, com o intuito de ajudar a proporcionar uma melhor e
mais eficiente oferta no concelho, nas várias áreas sociais;
- Valorizem a competência das pessoas,
independentemente das suas escolhas políticas;
- Não gastem a maioria do seu tempo e energia em
ações de “charme” eleitoralista, mas sim que se empenhem em projetos que sirvam
a generalidade da população;
- Promovam reuniões de câmara e assembleias municipais
apelativas para os munícipes, realizando-as em horários e localizações que
favoreçam a sua participação;
- Desenvolvam a política de forma transparente;
- Acreditem que não é preciso estar em constante
ação eleitoralista (de “faz de conta”), em ações de manipulação e a espalhar
favores por uns e o medo por outros para ganharem eleições;
- Acreditem que, tratando todos por igual e
dedicando-se a projetos estruturados e estruturantes que sirvam a população em
geral, no fim o seu trabalho será reconhecido pelo mérito e, por isso, ganharão
eleições…
Neste âmbito, ao saber que numa das nossas
freguesias o médico de família interrompeu as consultas para ir levar uma idosa
a casa, lembrei-me de um exemplo simples…
Marvão é um concelho com várias singularidades. Uma
delas tem a ver com a dispersão da sua população. Ao contrário de outros, que
têm a maioria da população concentrada na sua sede, o concelho de Marvão tem
uma sede com poucas pessoas, sendo que a esmagadora maioria dos munícipes estão
“espalhados” pelo concelho. E são sobretudo idosos.
Assim, seria importante desenvolver um projeto que
facilitasse o acesso das pessoas aos vários serviços, como por exemplo: centros
de saúde, câmara municipal, juntas de freguesia, finanças, bancos, etc .
Vejamos o exemplo da junta de freguesia de
Alcântara:
Com as devidas adaptações à nossa realidade, a população de Marvão talvez merecesse um serviço deste género…
Seria um serviço que o município prestava aos seus munícipes, perante certas condições. Não era um favor que os “senhores” da câmara prestavam alguém em particular… em surdina. Seria a câmara municipal a executar uma ação abrangente!
Para que este exemplo de projeto pudesse ser desenvolvido, ou outros do género, seria necessário capacidade de gestão (estudo, planeamento, decisão, implementação, acompanhamento, avaliação de resultados, etc) e que a equipa de gestão (o executivo) dedicasse o seu tempo aos mesmos…
Por isso é necessário encontrar a tal equipa empenhada, coesa, competente e justa. Que se dedique arduamente e de forma transparente à gestão do concelho. No seu todo!
O projeto do “Marvão para Todos” terá êxito se a souber construir. Só assim esta caminhada valerá a pena…
Após a apresentação e divulgação do Movimento, essa nova etapa crítica aproxima-se. Uma etapa de intenso diálogo interno e externo, com todos aqueles que comunguem dos nossos ideais. Daqui surgirá a tão esperada equipa e um programa com ideias e propostas para melhorar os serviços prestados aos munícipes e para desenvolver este extraordinário território que é o concelho de Marvão.
Um programa eleitoral que indique as grandes linhas orientadoras, a política a propor, contendo ideias novas e inovadoras é importante, mas o mais importante serão as pessoas que se apresentem para, em caso de sucesso, implementarem esse programa.
O perfil dessas pessoas é que nos pode dar alguma garantia que, caso sejam eleitas, não vamos ter mais do mesmo…
Deseja-se uma nova forma de governar Marvão. Com transparência; com justiça; com trabalho em equipa; com capacidade de gestão; com projetos; para todos; sem favores; sem manipulações; sem perseguições; sem medos!
Nota – Como se afirma na apresentação deste blogue: “As mensagens e os comentários publicados serão da total responsabilidade dos seus autores”.
Li atentamente todo o Vosso “manifesto” chamemos- lhe assim, pois, na verdade, manifestam logo à partida, que depararam com alguns escolhos/dificuldades (isto, segundo dizem: - pelas abordagens que fizeram, quer nas sessões de interacção nas 4 freguesias do Concelho, mas também nos contactos pessoais) em que imperou – sobretudo o medo (não Vosso) mas sim das pessoas que quereriam certamente e de bom grado escolher livremente; «mas sem represálias dos PODERES INSTALADOS», alguém descomprometido, em que se viessem a rever e nas quais confiassem e acreditassem ser as mais válidas , para levar por diante um projecto credível para o desenvolvimento do nosso Concelho. - (sem favores para ninguém e tratando todos de igual modo)
ResponderEliminarNão foi surpresa para mim, pois logo numa curta intervenção escrita, em que manifestei o meu apoio ao «MOVIMENTO MARVÃO PARA TODOS», fui peremptório em afirmar que não iria ser fácil a tarefa que se propuseram levar por diante, mas, ainda que Vós sintam essas dificuldades e sendo a situação exactamente aquela que descrevem, NÃO DESISTAM!...
Lutem por aquilo que acreditam, pois encontro que se pode fazer mais e melhor!...
Vi também com algum agrado, o exemplo que nos dão do «APOIO ÀS POPULAÇÕES EM MEIOS DE COMUNICAÇÃO – TRANSPORTES», o que já é feito na junta de freguesia de ALCANTARA.
Sim, vi com agrado, pois mostram que têm a noção absoluta daquilo que se necessita, é premente, e que já devia ter sido feito nesse campo, e não foi.
Mais, muito pelo contrário, e nesse campo poderia adiantar e citar um caso concreto, mas…
Porque também disse nessa minha intervenção escrita, nunca ter sido meu lema “Criticar”, mas sim OBSERVAR, existem porém situações (em que não querendo de forma alguma desenterrar “machados de guerra”), pois que isso não leva a lado nenhum, (muito pelo contrário) e porque entendo que só todos juntos, mas todos mesmo, com aquele espírito de trabalho desinteressado para o bem comum, nos pode conduzir a bom termo, e criarmos «MARVÃO PARA TODOS» mais solidário, e que traga bem estar para todos, sem excepção, trabalhando com tenacidade; por isso lutem e vão em frente!...
Nesse espírito de solidariedade para com os mais “VELHOS” e carentes, existe uma outra lacuna, e que é a falta da criação de um sistema de comunicação para uma “central” para a qual pudessem comunicar durante a noite quando ficam sós à volta de 12/14 horas. Isso existe já também noutros Centros de Dia, porque não pensar nisso?
Outro “problema”, isto já no campo do desenvolvimento, em que se tem de pensar maduramente, para criar postos de trabalho e riqueza, (em meu entender), sendo os meios de comunicação viária essenciais, qual a razão porque ainda não se pensou e não se procedeu ao alargamento (com as devidas rectificações de traçado) da estrada que nos conduz á Ponte Velha, seguindo em direcção à Fonteira, e outro tanto na bifurcação que nos conduz à Portagem, pois, segundo me é dado verificar, muito do transito passa por aí.