terça-feira, 31 de maio de 2016

Projeto “Marvão para Todos”… uma longa caminhada!

Por Fernando Dias



"Deseja-se uma nova forma de governar Marvão. Com transparência; com justiça; com trabalho em equipa; com capacidade de gestão; com projetos; para todos; sem favores; sem manipulações; sem perseguições; sem medos!"


Após vários meses de preparação, em Outubro último o movimento independente “Marvão para Todos” apresentou-se publicamente.
Um grupo de apaixonados por Marvão, descontentes com a forma como este concelho tem sido conduzido, resolveu avançar. Avançar, de uma forma inovadora, para uma missão bem concreta: trabalhar na construção de uma equipa, dedicada, coesa, competente e justa que se disponibilize a gerir os destinos deste extraordinário território, caso assim os marvanenses o desejem.
Uma equipa disposta a gerir. E a servir. Empenhada em colocar o interesse coletivo à frente de interesses particulares!
E fazer essa construção, com tempo, em conjunto com todos aqueles que se revissem nestas ideias e nestes ideais. Fazer essa construção, desmistificando a política. Aglomerando. Unindo as pessoas, independentemente das suas diferentes ideologias, pois pode (deve) existir política para além dos partidos. Sobretudo ao nível local.
Esta, continua a ser a grande motivação: ver “gestão” no nosso concelho. Mas, agora, não é a única…
Após a apresentação em Marvão seguiram-se outras sessões de interação com os munícipes nas freguesias de S. Salvador da Aramenha, Beirã e Santo António das Areias. No total, falámos individualmente com mais de 500 pessoas e estiveram presentes nas diversas sessões perto de 200.
Nestas interações, quer pessoais quer em “sessão”, fomos surpreendidos! A pressão, o condicionamento, a perseguição, o medo, a utilização e a manipulação de pessoas pelo poder instalado é por aqui muito maior do que alguma vez imaginámos!
"- Até gostava de vos ouvir, até simpatizo com o Movimento, mas… percebem… sou empregado da câmara; tenho negócios; tenho um familiar que…; etc; etc…"
"- A partir do momento que perceberam que não era apoiante incondicional deles só me têm levantado dificuldades…"
"- Fui apoiado, pelo que agora, face às pressões, tenho que parecer obediente…"
Estas, são alguns exemplos de frases que fomos ouvindo. Muitas ditas em público, nas várias sessões.
Em todas as comunidades locais o poder instalado tem tendência para fazer alguma pressão sobre a população e cobrar apoios… mas em Marvão, concluímos, esta situação atingiu um nível insustentável para o tempo presente, pelo que quisemos assinalar o 25 de Abril com a seguinte frase:
- Um concelho com medo não se desenvolve!
E encontrámos uma nova motivação para esta nossa caminhada:
- Abolir o medo do concelho de Marvão.
Pois, “queremos um Marvão para todos!”
Um executivo camarário, como os gestores noutras áreas, tem que, constantemente, tomar decisões, optando face a vários cenários alternativos. Faz política. Ao longo do tempo, este executivo tem tomado algumas opções com as quais não concordamos e outras com que concordamos. É normal. É política.
Mas, perante o que temos presenciado, conclui-se que este concelho precisa urgentemente de pessoas que estejam na política de forma diferente. De lideranças que:
- Sejam justas;
- Aceitem as críticas, melhorando a sua governação através delas;
- Não transmitam às pessoas e instituições que quando, no âmbito das suas funções, os apoiam isso se trata de favores pessoais;
- Tenham respeito pelas pessoas que, por alguma razão, necessitem de ajuda… não as manietando e manipulando quando, agindo no normal desempenho das suas funções, desenvolvem políticas que as apoiam;
- Não manipulem as associações e outras instituições do concelho, como por exemplo as instituições de ação social (que fazem um trabalho muito meritório), com o intuito de obter vantagens políticas, mantendo-as, digamos, ao seu serviço… mas que se envolvam apenas no apoio e coordenação das mesmas, com o intuito de ajudar a proporcionar uma melhor e mais eficiente oferta no concelho, nas várias áreas sociais;
- Valorizem a competência das pessoas, independentemente das suas escolhas políticas;
- Não gastem a maioria do seu tempo e energia em ações de “charme” eleitoralista, mas sim que se empenhem em projetos que sirvam a generalidade da população;
- Promovam reuniões de câmara e assembleias municipais apelativas para os munícipes, realizando-as em horários e localizações que favoreçam a sua participação;
- Desenvolvam a política de forma transparente;
- Acreditem que não é preciso estar em constante ação eleitoralista (de “faz de conta”), em ações de manipulação e a espalhar favores por uns e o medo por outros para ganharem eleições;
- Acreditem que, tratando todos por igual e dedicando-se a projetos estruturados e estruturantes que sirvam a população em geral, no fim o seu trabalho será reconhecido pelo mérito e, por isso, ganharão eleições…
Neste âmbito, ao saber que numa das nossas freguesias o médico de família interrompeu as consultas para ir levar uma idosa a casa, lembrei-me de um exemplo simples…
Marvão é um concelho com várias singularidades. Uma delas tem a ver com a dispersão da sua população. Ao contrário de outros, que têm a maioria da população concentrada na sua sede, o concelho de Marvão tem uma sede com poucas pessoas, sendo que a esmagadora maioria dos munícipes estão “espalhados” pelo concelho. E são sobretudo idosos.
Assim, seria importante desenvolver um projeto que facilitasse o acesso das pessoas aos vários serviços, como por exemplo: centros de saúde, câmara municipal, juntas de freguesia, finanças, bancos, etc .
Vejamos o exemplo da junta de freguesia de Alcântara:




Com as devidas adaptações à nossa realidade, a população de Marvão talvez merecesse um serviço deste género… 

Seria um serviço que o município prestava aos seus munícipes, perante certas condições. Não era um favor que os “senhores” da câmara prestavam alguém em particular… em surdina. Seria a câmara municipal a executar uma ação abrangente! 

Para que este exemplo de projeto pudesse ser desenvolvido, ou outros do género, seria necessário capacidade de gestão (estudo, planeamento, decisão, implementação, acompanhamento, avaliação de resultados, etc) e que a equipa de gestão (o executivo) dedicasse o seu tempo aos mesmos… Por isso é necessário encontrar a tal equipa empenhada, coesa, competente e justa. Que se dedique arduamente e de forma transparente à gestão do concelho. No seu todo! 

O projeto do “Marvão para Todos” terá êxito se a souber construir. Só assim esta caminhada valerá a pena… 

Após a apresentação e divulgação do Movimento, essa nova etapa crítica aproxima-se. Uma etapa de intenso diálogo interno e externo, com todos aqueles que comunguem dos nossos ideais. Daqui surgirá a tão esperada equipa e um programa com ideias e propostas para melhorar os serviços prestados aos munícipes e para desenvolver este extraordinário território que é o concelho de Marvão. 

Um programa eleitoral que indique as grandes linhas orientadoras, a política a propor, contendo ideias novas e inovadoras é importante, mas o mais importante serão as pessoas que se apresentem para, em caso de sucesso, implementarem esse programa. O perfil dessas pessoas é que nos pode dar alguma garantia que, caso sejam eleitas, não vamos ter mais do mesmo… 

Deseja-se uma nova forma de governar Marvão. Com transparência; com justiça; com trabalho em equipa; com capacidade de gestão; com projetos; para todos; sem favores; sem manipulações; sem perseguições; sem medos! 

Nota – Como se afirma na apresentação deste blogue: “As mensagens e os comentários publicados serão da total responsabilidade dos seus autores”.

sábado, 28 de maio de 2016

Premiar o mérito é contribuir para melhorar as organizações...

Por Nuno Pires


António João Raposo, ilustre marvanense, candidato várias vezes a presidente do município de Marvão pelo CDS / PP, e em 2009 candidato a vereador da lista do PS, foi homenageado no passado dia 23/5 com a medalha de reconhecimento atribuída anualmente pelo município de Portalegre aos funcionários que reúnem os requisitos para a sua atribuição.

Numa sociedade em que existe um défice de reconhecimento de competências e do trabalho executado pelos colaboradores, aliado à congelação de progressão nas carreiras profissionais e onde todos são julgados por igual (bons e maus), esta é uma forma simples de reconhecer e motivar recursos humanos, determinantes no desempenho de qualquer Organização.

Este seria um bom exemplo a implementar no município de Marvão. E Nem precisavam-mos de copiar o que outros fazem, bastava, simplesmente, colocar-se em prática propostas de marvanenses que outrora ocuparam os órgãos autárquicos marvanenses, como foi o caso do mandato de 2005 a 2009 do Presidente da Assembleia Municipal Dr. Carlos Sequeira quando lançou ideia idêntica, mas que não foi acolhida por parte do presidente do município Vítor Frutuoso com medo de, ao premiar o mérito de alguns, não poder agradar a todos com tanto gosta.

Os funcionários do município de Marvão são os grandes responsáveis pela manutenção das condições necessárias para que a sociedade marvanense possa viver em harmonia, são os grandes responsáveis pelos eventos criativos que se vão realizando no concelho, contribuindo assim para, ano atrás ano, mantermos os seguidores de Marvão e um fluxo turístico importante no desenvolvimento económico do concelho.

Quem sabe no futuro, os responsáveis políticos que vierem a substituir os que estão agora a terminar, possam implementar este reconhecimento daqueles que se vão destacando, e contribuir assim para uma disciplina e notoriedade da atribuição da medalha de mérito do município de Marvão.


sábado, 21 de maio de 2016

E em Marvão já alguém pensou nisto?

Por João Bugalhão

A central espanhola de Almaraz - que completou 30 anos em Maio de 2011, atingindo o limite de vida de uma central deste tipo, tendo o governo espanhol alargado a licença de funcionamento até 2020.

De acordo com diversos alertas, várias têm sido as avarias e fugas radioactivas nesta central espanhola, e parece que a situação se degrada dia para dia. Em Portugal, o concelho de Marvão é um dos mais próximos desta “bomba” radioactiva, distanciando-se, em linha recta, a menos de 100 Km.

Será que na Protecção Civil em Marvão já alguém pensou nisto? E estará a população preparada para um qualquer acidente de maiores dimensões?

Por ser algo em que penso há muito tempo, aqui deixo o meu alerta!